segunda-feira, 27 de setembro de 2010

AS DUAS FACES DE UM CRIME - SUGESTÃO DE FILME

Richard Gere interpreta Martin Vail, um advogado narcisista e arrogante. Ele tem certeza absoluta de que é o máximo, e age de acordo com esta crença em si mesmo. Para ele, o mais importante em uma causa não é o cliente, mas sua própria performance no tribunal.
Martin Vail não perde uma oportunidade de aparecer. Seja concedendo extensas entrevistas, seja pegando casos polêmicos - a verdade é que ele adora estar sob os holofotes.
E mais uma oportunidade para tanto surge quando um arcebispo bastante querido na comunidade é brutalmente assassinado com 78 facadas e um jovem coroinha que estava sob os cuidados da vítima é acusado do crime.
Assim que percebe o potencial publicitário da causa, Vail se oferece para defender o rapaz gratuitamente. Aaron Stampler, o jovem coroinha, que é um rapaz tímido, gago, e que passa a confiar total e cegamente no advogado. Com seu olhar franco quer a todo custo fazer com que Vail acredite que é inocente.
À medida em que se aprofunda no caso, Vail começa a acreditar que o jovem realmente diz a verdade e passa a investigar profundamente o crime, fazendo as vezes de detetive, e este é o objetivo principal da história.
Uma grande batalha é travada no tribunal entre Vail e a promotora Janet Venable (Linney), ambos tem um caso amoroso fora do tribunal.
O ponto mais forte do filme, é a interpretação inspirada de Edward Norton, como o réu Aaron Stampler. Frances McDormand (de Fargo) também está ótima como a psiquiatra Molly Arrington, assim como John Mahoney faz de seu John Shaughnessy um vilão à altura (o que não faz dele necessariamente um assassino, devo acrescentar). Em suma: As Duas Faces... é mais um filme de tribunal repleto de reviravoltas, testemunhas-surpresa, diálogos fortes e advogados brilhantes. Não decepciona nem um pouco pois é uma trama inteligente, com um resultado final, que é muito envolvente. Nesse filme é possível ter uma pequena dimensão de como trabalha a mente de um psicopata, ficando claro que ninguém está imune contra estes predadores da espécie humana.

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