quarta-feira, 30 de novembro de 2011
MONSTRO DA NORUEGA - PSICOPATA FRIO?
O diagnóstico feito pelos especialistas noruegueses a Anders Behring Breivik não é linear para os psiquiatras portugueses ouvidos pelo PÚBLICO. Para o psiquiatra Pedro Varandas, o perfil do autor confesso dos atentados na Noruega encaixa-se no que se domina um "psicopata frio". Já o presidente do Colégio da Especialidade de Psiquiatria da Ordem dos Médicos, João Marques Teixeira, alerta que uma "esquizofrenia paranóide" não significa por si só que seja inimputável.
O homem que, em Julho, matou na Noruega 77 pessoas, maioritariamente jovens, vive num "universo delirante", que lhe permite pensar que pode decidir "quem pode viver e quem pode morrer". As conclusões de psiquiatras nomeados pelo tribunal de Oslo, divulgadas na terça-feira, podem fazer com que Anders Behring Breivik seja declarado inimputável. Em vez de ser condenado à prisão, deverá ser internado numa instituição de saúde.
Segundo as conclusões da avaliação clínica, Breivik é um psicótico que, com o tempo, desenvolveu uma "esquizofrenia paranóide" que teria alterado o seu juízo antes e durante os ataques, afirmou ontem Svein Holden, procurador do Ministério Público da Noruega, num encontro com a imprensa, relatado pelas agências de notícias. "Ele vive no seu próprio universo delirante e os seus pensamentos e actos são regidos por esse universo", disse.
O autor confesso do massacre deve ter de responder em tribunal – o julgamento tem início previsto para 16 de Abril próximo e pode prolongar-se por dez semanas. Mas o sistema penal norueguês privilegia a reabilitação e o mais provável é que não seja condenado a pena de prisão. Caso fosse sentenciado, o assassino incorria numa pena de 21 anos de prisão, o máximo previsto.
“Minúcia e planeamento”
Contactado pelo PÚBLICO, Pedro Varandas, da direcção da Clínica Psiquiátrica de São José, ressalvando que só uma avaliação directa permitiria fazer um diagnóstico, mostra-se, contudo, surpreendido com o relatório dos especialistas noruegueses. Para o psiquiatra, "Breivik não parece ter uma esquizofrenia, devido à sua capacidade de minúcia e planeamento". "A esquizofrenia deteriora o indivíduo até em termos cognitivos. Uma pessoa com esquizofrenia age muito mais por impulso", defende, em linha com a reacção de alguns especialistas internacionais.
Assim, Pedro Varandas avança com três possíveis diagnósticos: a perturbação anti-social da personalidade, que afecta sobretudo homens e que é associada à figura do serial killer, também conhecidos como "psicopatas frios" pela extraordinária violência dos actos; a perturbação paranóide da personalidade, onde os indivíduos são permanentemente desconfiados e vão atribuindo culpas por diferentes actos e perseguindo os que consideram culpados; e a psicose paranóide, com semelhanças com o segundo diagnóstico, mas onde há o factor delírio de forma mais acentuada e o contexto de uma crença inabalável.
Em qualquer dos casos, o indivíduo pode ter "uma visão messiânica" da sua pessoa, sendo que, do que leu sobre o caso Breivik, Varandas aponta mais para o primeiro, até pela preocupação demonstrada com os detalhes e pela frieza com que no local do crime juntou o grupo de jovens e escolheu quem quis matar primeiro.
Eram 15h26 do dia 22 de Julho quando uma bomba explodiu em Oslo, atingindo vários edifícios onde dezenas de pessoas ficaram presas. O ataque tinha sido anunciado num manifesto de mais de 1500 páginas escrito por Breivik e colocado na Internet horas antes dos ataques e que levara nove anos a preparar. Às 17h25, surgem relatos de tiros vindos da ilha de Utoya, onde decorria um acampamento de jovens do Partido Trabalhista, no poder. A equipa especial antiterrorismo chega a Utoya mais de uma hora depois do atirador, disfarçado de polícia, ter desembarcado de um ferry na ilha. Durante esse tempo disparou sobre dezenas e dezenas de jovens, com balas modificadas para maximizar o número de vítimas.
Matéria completa disponível em http://www.publico.pt/Sociedade/psiquiatras-portugueses-com-duvidas-sobre-diagnostico-de-breivik-1523229
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Olá: Oportuno este blog! Onde aborda uma coisa onde TODOS NÓS TENDEMOS A CONVIVER...
ResponderExcluirSobre o tal europeu que fez isso - pensamos que em PAÍSES RICOS COMO TAL; uma coisa dessa não occore_estamos tão saturados do que ocorre em nosso país (e outros nos quais idolatramos!) que quando uma coisa assim acontece ficamos PERPLEXOS... Muitos que passam por problemas pensam 'o que eu fiz para merecer isso'?, imagino que o tal norueguês fez tal atrocidade e a PRISÃO QUE ELE FICARÁ SERÁ UM AMBIENTE PERFEITO (conforto/luxo_se as nossas fossem metade disso). Estpa certo que quando perdemos coisas boas (entes queridos, animais de estimação: entre outros) - tendemos a nos lastimas ONDE ERRAMOS; ou se poderia ter sido EVITADO... E para estas pessoas que cometem isso, até SE VANGLORIAM: se sentem bem com isso.
Em relação a mim: sou feliz por ser alguém CONSCIENTE, que gosta sempre de melhorar (pelo texto que escrevi hoje mostra um pouco disso). Embora me arrependa de muita coisa que passei na infância e que se fosse hoje JAMAIS FARIA (só que quando se é criança há um perdão... O pior é quando se é mais velho, onde entram coisas tipo DIREITO: punições mais severas).
Outra coisa que acho importante é a FILOSOFIA (ajuda bastante).
Lidar com pessoas não é fácil (ainda mais neste mundo problemático e que parece piorar).
E coisas que prejudicam o indivíduo: drogas, abusos quando se é mais jovem, falta de estrutura familiar... VIOLÊNCIA seria o exemplo mais tipico! O que há de documentários que abordam isso: os ESTADOS UNIDOS são o campeão dessas coisas; digo que "são em tudo"... E também SÃO EM TUDO!
Outra coisa é que inclusive isso dessas perturbações mentais estão ligadas à PSIQUIATRIA/PSICOLOGIA_sem falar que estes profissionais correm um baita risco lidando com gente assim. Onde estes possam acabar ARCANDO COM CONSEQUENCIAS DE ATOS DE SEUS PACIENTES.
Uma coisa que sinto um alívio é que ATÉ ME EMOCIONO FACILMENTE (além de recordar coisas que poderia ter impedido quando mais jovem e me arrependo... Coisas até ridículas se comparadas a coisas sérias: furar fila, uma pessoa pedir um biscoito e negar! Se as visse e me desculpasse_soaria até DIFERENTE/até quem visse isso acharia atípico isso).
E agradeço por poder expressar opiniões, experiências: já é uma ajuda.
Tchau,
Rodrigo
http://rodrigo-arte.blogspot.com/